Níveis de Cafeína no Sangue Podem Impactar Gordura Corporal e Risco de Doenças, Aponta Estudo
Um recente estudo divulgado na revista científica BMJ Medicine destaca a conexão entre os níveis de cafeína no sangue e a quantidade de gordura corporal, bem como seu potencial para determinar o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. A pesquisa sugere que bebidas com cafeína sem calorias poderiam desempenhar um papel significativo na redução desses níveis de gordura corporal.
No cerne do estudo está a exploração das concentrações de cafeína geneticamente predeterminadas. Surpreendentemente, descobriu-se que concentrações mais elevadas de cafeína previstas geneticamente estão associadas a um menor risco de diabetes tipo 2. Notavelmente, aproximadamente metade do efeito protetor da cafeína contra diabetes tipo 2 é atribuída à sua influência na redução do Índice de Massa Corporal (IMC).
Os pesquisadores concentraram-se em variações específicas de genes que estão ligadas à velocidade de metabolização da cafeína. A descoberta-chave foi que aqueles com variações genéticas que resultam em uma metabolização mais lenta da cafeína tendem a ter níveis mais duradouros dessa substância no sangue. Curiosamente, essa mesma população também consome menos cafeína no geral.
Os especialistas apontam que testes de curto prazo indicam que a ingestão de cafeína pode levar à perda de peso e redução da gordura corporal. No entanto, os efeitos de longo prazo ainda permanecem desconhecidos.
A teoria central proposta pelos pesquisadores é que a cafeína poderia influenciar a produção de calor e a transformação de gordura em energia no corpo, processos cruciais para o metabolismo global.
Quanto ao momento ideal para consumir café, estudos anteriores destacaram a janela após o declínio do nível de cortisol. Geralmente, esse período ocorre de três a quatro horas após acordar, o que sugere que por volta das 9h30 seria uma escolha sensata para aqueles que acordam por volta das 6h30. A razão é que a cafeína pode elevar os níveis de cortisol, o que, se mantido em níveis elevados, pode prejudicar o sistema imunológico e aumentar o risco de problemas de saúde.
Quando se trata dos benefícios do café para a saúde, a pesquisa também oferece perspectivas positivas. Um estudo no American Journal of Clinical Nutrition sugere que o café pode facilitar a queima de gordura e aumentar a taxa metabólica em até 11%. Além disso, há evidências que relacionam o consumo de café a um risco significativamente menor de contrair diabetes tipo 2 e Alzheimer.
Em resumo, as descobertas desse estudo ressaltam a importância da cafeína no controle da gordura corporal e na mitigação de riscos de certas doenças. Embora mais pesquisas sejam necessárias para compreender completamente os efeitos a longo prazo, a conexão entre cafeína, metabolismo e saúde continua a intrigar os cientistas e a oferecer insights valiosos para a saúde pública.