As ações do Credit Suisse estão a cair 30% na bolsa de Zurique, para um novo mínimo, depois de o Banco Nacional Saudita, o seu principal acionista, dizer que não daria mais assistência financeira ao banco suíço para fazer face às suas dificuldades.
As ações do banco sediado em Zurique, um dos 20 maiores da Europa e um dos 50 maiores do mundo, caíram abaixo de dois francos suíços (2,04 euros) pela primeira vez a meio da manhã, mas continuaram a sua queda livre e agora situam-se em 1,5 francos (1,54 euros).
O mergulho, que se segue a vários dias muito negativos para o banco, arrastado pela crise bolsista causada pelo colapso do Silicon Valley Bank (SVB) com sede nos EUA, coincide com declarações do presidente do banco estatal saudita, Ammar al-Khudairy, a anunciar que não haverá mais injeções de capital por parte do banco.
“Não podemos porque excederíamos 10% (da participação), é uma questão regulamentar”, disse Ammar al-Khudairy à Bloomberg.
O banco saudita adquiriu esses 10% de ações no ano passado no aumento de capital lançado pelo Credit Suisse, um investimento no qual o banco do Médio Oriente investiu 1.500 milhões de francos suíços (1.530 milhões de euros).
Em 2022, o banco sediado em Zurique registou uma perda de 7.293 milhões de francos suíços (cerca de 7.400 milhões de euros), 4,5 vezes mais do que em 2021.
Afetado pela sua exposição a empresas de risco financeiramente problemáticas, como a Archegos ou a Greensill, o Credit Suisse também sofreu levantamentos de liquidez de 123.200 milhões de francos suíços (126.000 milhões de euros) no ano passado.